A Lei 10.639/03 resultou de ações do Movimento Negro brasileiro, que durante décadas vem desenvolvendo um currículo sistemático, paralelo ao oficial nas redes de ensino, através dos seus professores militantes. Ao explicitar a nossa exigência da presença da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nos currículos, explicitamos que um povo sem o conhecimento da sua história é um povo desenraizado, facilmente subordinado e manipulado ideologicamente. Pautada nas contribuições implementadas, a Lei 10.639/2003 oficializa nos currículos a história dos nossos antepassados na África e as histórias das nossas lutas por libertação. A nossa participação na construção e manutenção do processo histórico, cultural e econômico no país por mais de trezentos anos e ainda hoje, bem como as nossas culturas formadoras da nossa identidade étnico-racial, pode contribuir para a desconstrução da desumanidade atribuída ao povo negro no Brasil, através das representações que recalcam a nossa humanidade através do estereótipo de feio, mau, incapaz, minoria. Para tanto, torna-se necessária uma ação constante, no sentido de desconstruir o racismo religioso vigente nas escolas, que demoniza a nossa cultura fundamentada na ancestralidade africana, através de um trabalho junto ao corpo docente, para a compreensão da diversidade humana como riqueza e contribuição para o processo de reumanização dos nossos outros/as considerados desiguais por sua diversidade humana. Ana Celia da Silva Professora Titular aposentada Universidade do Estado da Bahia – UNEB Militante do Movimento Negro
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| Autor | Diana Leia Alencar da Silva |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 138 |
| Ano de edição | 2020 |
| Número de edição | 1 |

