Atuar no contemporâneo é como pôr-se na encruzilhada da realidade. É como estar assombrado pelo silêncio das múltiplas possibilidades. O espaço que se forma da interação de passado- presente-futuro ocorre ao mesmo tempo e apresenta-se como uma holografia multidirecional e dinâmica. Encruzilhada é por definição lugar de passagem, não há nada nela que convide a ficar e não garante nada sobre o que se pode encontrar dos probabilísticos caminhos indicados. Não podendo ficar e não sabendo aonde ir, passado e futuro são recortados do caos como criação de planos de movimento. Algumas perguntas surgem dessa reflexão e compõem o presente livro: Quais movimentos diversificados se realizam, quando o horizonte infinito clama por uma cultura de experimentações coletivas? Atuar nesse gigantesco tear, mantendo os enlaces possíveis de espécies companheiras, não cria planos comuns? Não é uma forma maravilhosa de produzir educação, ciências e diversidade? Os artigos aqui reunidos sob a égide do Grupo dos Estudos Culturais das Ciências e das Educações (GECCE) buscam apresentar algumas dessas ações e agentes criativos que seguem no espaço aberto do contemporâneo, constituindo planos experimentais de produção de realidades.