Este livro apresenta pesquisas e intenções de pesquisas para quem deseja ingressar na discussão sobre a Educação de Jovens e Adultos – EJA, no Brasil,tendo como personagem principal o(a) estudante da EJA, uma tentativa, parafraseando Bosi (2003) daqueles que compõem a camada da população excluída da escola, tomarem a palavra. Portanto, por esses sujeitos é imprescindível o avanço das pesquisas e fortalecimento das políticas públicas em prol da expansão de vagas, em especial, pela insuficiência de ofertas e por ter ocorrido o corte nos investimentos da educação, colocando a EJA no patamar das excluídas nas políticas públicas da educação no contingenciamento de recursos para a educação. Desse modo, não tem sido vista como prioridade, provocando o fechamento em massa de turmas da EJA em âmbito nacional, estagnação da formação de educadores, falta de material e de espaço, evidenciando que essas políticas voltadas para esse nível de educação foram estranguladas. Então, diante desses desafios, se faz necessário apontar possibilidades de enfrentamentos, iniciando com algumas indagações: como implementar a inclusão digital, por meio da práticas do uso das TIC na EJA? Será a Canção numa perpectiva de Ciberespaço uma oportunidadae para a aprendizagem em EJA? Podemos pensar em Noumso APPs móveis como recursos viáveis a aprendizagem na EJA? O levantamento histórico e social das políticas educacionais, que ressaltem as práticas docentes e os direitos humanos, seria um meio viável para identificamos os erros e acertos da educação, em especial, no campo de incentivo a leitura, como fundamento para melhoria da EJA? Cabe questionar também: é possível pensar em políticas públicas de inclusão na EJA, na atualidade, que considere e priorize os anseios sociais que assista aos Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e aos estudantes Quilombolas? Trata-se de exercitar a dúvida geradora de questionamentos fundamentais que pode ampliar as possibilidades de discussões ainda urgentes no campo da EJA, para tanto, convido à leitura deste livro, aqueles/as que encontram “uma coisa que era inédita, ainda não claramente conhecida e vivida, mas quando se torna um ‘percebido destacado’ pelos que pensam utopicamente, o problema não é mais um sonho, ele pode se tornar realidade (Freire, 2014, p. 225) e assim seguem movidos pelos verbos: esperançar, lutar e transformar!