“Sonhava com meu filho crescendo em uma escola com o ambiente familiar traduzido numa atmosfera de carinho, respeito, mas também de exigência. Queria que ele um dia pudesse amar de fato a sua escola, que pudesse experimentá-la como um organismo vivo, capaz de impulsioná-lo para o bem, para o outro. Desejava uma escola companheira dos pais, paciente com nossas limitações, atenta às nossas necessidades e comprometida em formar o nosso filho como uma boa pessoa e não somente um bom profissional. Saímos então à procura de uma escola. Imaginava que seria difícil. Depois de muitas conversas com amigos com filhos em escolas, com educadores e especialistas, parti para uma série de visitas a escolas e cheguei a uma triste constatação: as escolas estavam muito doentes e algumas já agonizavam. Como pode acontecer com todo organismo vivo se não for bem cuidado, as escolas estavam enfraquecendo ‘sua alma’. Confesso que num primeiro momento me deixei abater e agi como se essa doença não tivesse cura e que a única saída seria conviver com esse mal. Nessa época me apresentaram a um educador no Rio de Janeiro. Imaginem a minha satisfação quando conheci o Professor João Malheiro, um dos maiores entusiastas da educação que já conheci. A satisfação se transformou em felicidade quando descobri que ele já havia diagnosticado a ‘doença’ da escola e desenvolvido uma forma de tratá-la e recuperá-la. Eu queria esse antídoto para já. Para a escola dos meus filhos. Junto com o grupo de pais formamos então uma parceria com o autor para o desenvolvimento de um projeto inovador de uma escola com alma íntegra e saudável. São dois os fundamentos que aprendi com o educador para manter sempre vivo este ‘organismo’ e que faço questão de compartilhar com todos: cuidar de forma prioritária da formação dos pais e cuidar em seguida da formação dos professores.” - Adrianna Andrade de Abreu Autora do Prefácio deste livro Diretora do Colégio Porto Real (Barra da Tijuca-RJ)