A obra inaugura um olhar distinto: por um estudo inaudito e incomum, por isso verde e úmido, no campo da Educação Brasileira, apresenta conversações sobre a Bioantropoética como movimento pedagógico-filosófico possível de existir e concretizar-se, na vida da vida das escolas e de outras comunidades aprendentes, as quais orientam-se por uma construção ética, com crianças, jovens e adultos em processos de alfabetização. A Bioantropoética é um aceno iluminador do Pensamento Complexo proposto por Edgar Morin, que, de algumas e outras maneiras, também desdobra-se, pelos traços da Autopoiese, em estudos sistêmicos de Humberto Maturana e Ximena Dávila Yàñez, pela Matriz Biológico-Cultural da Existência Humana. A Bioantropoética, como reveladora da potência dos processos de convivências humanas, defende a vida em seu valor e sentido e produz o exercício da tomada das vidas humanas pelas responsabilidades e esforços individuais e coletivos, até os seus limites mais extremados, supremos e absolutos, em nome da ética da Vida e da Potência Humana.Trazendo investigações sobre matrizes éticas experienciadas na Escola Amigos do Verde e no Projeto Brincar, por uma vivência investigativa em Grupos Focais, o livro aborda estudos tecidos em duas escolas científicas distintas, refletindo sobre a ética, como produção de cultura e de escolha política, produzidas com/por sujeitos educadores, como potência latente e em fluxos contínuos, a qual permite a evolução dos seus processos de humanização, possibilitando circularidades dessas construções com os/as estudantes com quem convivem e produzem. Para isso, investiga, com os educadores envolvidos nessas Práticas Pedagógicas, como a ética constrói-se e manifesta-se em suas vidas, em suas vidas profissionais, em suas propostas pedagógicas e em seus processos de consolidação de valores éticos com as pessoas com quem trabalham. A autora propõe, sobretudo, uma ética Viva, dos cotidianos, por meio de exercícios de um novo habitar humano, a partir da (trans)formação de professores, das suas visões de mundo e das suas concepções de Vida, de ética e de Ser Humano, sobretudo das coerências com que vivem suas professoralidades. Assim, esta obra acena as possibilidades concretas que a Escola tem de constituir reflexão profunda acerca da natureza e cultura ética do ser humano, bem como sua potência para assumir a condição mais plena de sua humanidade - a Bioantropoética e a Autopoiese, iluminadas por exercícios e experiências de reflexões operativas em torno da arte do viver e do conviver humano. Ler a obra já será um exercício bioantropoético!
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Autor |
ANA FELÍCIA GUEDES TRINDADE |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
193 |
Ano de edição |
2015 |
Número de edição |
1 |