Quando, 50 anos atrás, escolhi esta expressão – "compreensão e finitude" – para a tese que veio a ser o título deste livro, despertei alguma estranheza. Para mim, que na época havia passado dos 30 anos, a opção tinha três razões: 1. Eu queria apontar para a crítica à Metafísica presa à ideia de razão e absoluto; 2. Tentava dar forma à minha convicção de que a Filosofia era uma tarefa ligada apenas à condição humana; 3. Tinha estudado o material escrito por Heidegger, até aí disponível, como um pensamento vinculado à Fenomenologia Hermenêutica, por meio da interpretação da vida fática, da finitude e da historicidade.
Esta maneira de abordar a obra de Heidegger, nos anos 60, pressupunha um bom conhecimento da história da Metafísica, e então levar a sério o método fenomenológico hermenêutico, para dar sentido e unidade a uma filosofia da finitude que considerava a Metafísica uma ciência procurada (episteme zetoumene). Ser e tempo era a obra que estudava, pela analítica existencial, a questão do sentido do ser, no mesmo caminho de Platão e Aristóteles, filósofos que se queixavam que sempre que perguntavam pelo ente entravam em aporia. Na época, eu ainda esperava pela Terceira Seção da Primeira Parte. Ali Heidegger também entraria em aporia, tentando pensar o tempo como o horizonte do ser. Até hoje, contudo, esperamos por esta Terceira Seção: Tempo e ser.
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Autor |
Ernildo |
Editora |
EDITORA UNIJUÍ |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
424 |
Ano de edição |
2016 |
Número de edição |
2 |