Em 2005, as escolas públicas foram surpreendidas por uma proposta de inscrição em uma Olimpíada de Matemática. Estava iniciando a Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) com o lema Somando Novos Talentos. Nessa perspectiva e enquanto protagonistas desse processo, desenvolvemos essa obra com o objetivo principal de analisar a Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) a fim de verificar se ela se constitui como uma política educacional de avaliação em larga escala. Nesta publicação são apresentadas, conceituadas e contextualizadas, as políticas educacionais da Educação Básica, no Brasil, pós década de 1990. Também, realizou-se uma análise das avaliações em larga escala como base da política educacional. Apresenta-se a OBMEP, suas características e regulamentos como possibilidade de uma política avaliativa. A OBMEP é de grande amplitude, sendo considerada a maior competição de Matemática do mundo. Embora não obrigatória, é composta por provas padronizadas e acontece regularmente a cada ano. Abrange todas as escolas e todos os alunos da rede pública de ensino e seu foco é a aprendizagem matemática. Esta Olimpíada foi implementada no governo Lula e permanece no governo Dilma, mas não se sabe se terá continuidade nos próximos governos, logo ela ainda é considerada uma política de governo e não de Estado. Alerta-se, neste estudo, o cuidado com práticas avaliativas centralizadoras, as quais podem desconstruir o prazer que o aluno teria em ampliar sua compreensão, elevar sua criatividade e seu nível intelectual.