Corpos em movimento, vestidos, despidos, fardados, soltos, vistos, vigiados, escapolidos enfim, delirantes. Assim fazem-se tessituras infantis pelos campos da vida; assim a escrita da criança redescobre a própria infância. Com Michel de Certeau (1994), dizemos que escrever é uma operação concreta, realizada por um sujeito sobre uma superfície que circunscreve um espaço próprio, no caso da presente obra, essa superfície é o devir criança. É por esse devir que os textos aqui postos se tecem, se anunciam e enunciam as diversas paisagens infantis. O advento da modernidade fez surgir uma imagem de criança idealizada e universal que passou a ser desenhada, projetada por algumas áreas do conhecimento, em especial, a psicologia, a biologia, a psicanálise e a pedagogia. A infância visível, porém com poucas escritas fez com que essas áreas dela se ocupassem e com maior empenho se propuseram a responder: o que é a infância? E de lá até cá, quanto mais queremos responder menos nos aproximamos da infância. Porque quanto mais respondemos mais entramos na regra, no quadro, no conceito e menos deliramos e encontramos a infância. Vanderléa Andrade Pereira
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| Autor | Edilane Carvalho Teles |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 158 |
| Número de edição | 1 |

