• A criança deficiente auditiva e suas reações à música

Partindo da minha experiência de vida em que a música sempre ocupou um lugar relevante; analisando o papel que a música tem assumido na vida do Homem em todas as épocas e culturas; e constatando a incipiência, ausência ou descrença quanto à utilização da música na educação de crianças deficientes auditivas (DA), surgiu a minha preocupação: por que a música não se faz presente na vida dessas crianças? Elas são sensíveis à música? A escassa bibliografia existente e revisada a respeito desse assunto tornou evidente que a música tem sido utilizada com crianças DAs apenas como um meio para levá-las à aquisição, ou à melhora de padrões rítmicos e de entoação na fala. Considerando o DA como um Ser de possibilidades, tornou-se meu projeto apresentar a música, nas suas potencialidades, à criança DA, e ver como ela sente e reage a essa música. Portanto, parti para a experiência direta trabalhando com oito crianças DAs, de 4 anos de idade, com perdas auditivas entre moderadas e severas, que frequentavam uma escola especial e que nunca tinham sido trabalhadas com música. As crianças foram atendidas em duas sessões semanais durante um ano letivo. Foram expostas a diferentes tipos e gêneros musicais, assim como a diversos instrumentos musicais melódicos e de percussão, bem como a equipamentos eletrônicos de som. Uma sala foi preparada com placas acústicas nas paredes, e um piso de madeira a 15 centímetros do chão, de modo a formar um “colchão de ar” sob ele, criando condições de excelência para a vivência e percepção musical. Ao longo das sessões, as crianças expressaram-se com grande espontaneidade e criatividade, apresentando manifestações de percepção musical, canto, dança e toque dos instrumentos. A descontração e a alegria marcaram essas vivências. Manifestações rítmicas e melódico-vocais espontâneas evidenciaram que a música é possível de ser percebida e vivida com prazer pelo DA. Esses resultados evidenciaram a relevância da música na vida da criança DA e a importância de sua inclusão no seu cotidiano e nos currículos escolares. Esta obra destina-se a pais e a profissionais que se dedicam à educação e reabilitação de crianças DAs (professores, fonoaudiólogos, psicólogos, músicos e musicoterapeutas). Fonoaudióloga, doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mestre em Distúrbios da Comunicação pela PUC-SP, psicodramatista pela Role-Playing Pesquisa e Aplicação, professora didata supervisora em Psicodrama pela Febrap, musicista (piano) pelo Conservatório Musical Brooklin Paulista, professora associada da PUC-SP: professora dos cursos de Psicologia e Fonoaudiologia. Frequentou vários cursos livres de Musicoterapia com o psiquiatra argentino Rolando Benenzon e Dançaterapia com a argentina Maria Fux. Formou-se professora especialista em Educação de Surdos pela PUC-SP. Trabalhou durante nove anos como professora, e seis anos como coordenadora pedagógica na escola para crianças surdas (Iesp-Derdic), hoje Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic PUC-SP). Foi professora do curso de formação em Psicodrama do convênio SOPSP-PUCSP durante 21 anos (1996 – 2017). Atuou em clínica de 1971 a 2018. Atua como professora de Teoria Psicodramática e Psicologia e Excepcionalidade, e Trabalho Corporal.

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Autor Nadir Haguiara-Cervellini
Editora APPRIS
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 195
Ano de edição 2022
Número de edição 1

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