O livro Economia das relações de poder nasceu de uma provocação do pensador Michel Foucault, que, em um artigo de 1982, disse: "eis o que precisamos, uma nova economia das relações de poder" (DE, p. 1043). E ponto final. Esse artigo, da década de 80, avança sobre outros temas como o "esclarecimento" e a rejeição das "patologias do poder", mas sobre o que seria essa nova economia nada mais é dito. Pior, ele sequer chega a explicar o que seria de fato uma "economia do poder". Assim, mais do que um texto, estas páginas são um exercício arqueológico para preencher o vazio deixado por Foucault em sua provocação. Fazendo com que Economia, Filosofia e História sejam os instrumentos utilizados para entender o que somos enquanto sujeitos econômicos. O leitor encontrará um campo de arranjos e desarranjos, no qual teorias econômicas e filosóficas (ora em confronto, ora em harmonia) se esforçam para dizer o que o ser humano foi, é e deve ser. Nesse exercício de escavação arqueológica do saber, na mais profunda das camadas, encontraremos nosso antepassado distante: o Anthropos Oikonomikos grego. E passo a passo o leitor avançará em suas mutações, como a violenta passagem do Anthropos Oikonomikos ao Homo Economicus moderno, mas também a passagem quase imperceptível do Homo Economicus para o Capital Humano contemporâneo. Com a constante presença e força do pensamento foucaultiano, conceitos como riqueza, sexualidade, escravidão, loucura, mercado etc. vão dando sentido aos mais complexos jogos de poder, saber e valor. Sem querer sentenciar qual seria a "nova economia" um dia sugerida por Foucault, esta obra tem a ousada tarefa de dar ao leitor as ferramentas para que busque seus próprios meios e forças para sugerir então a sua economia do poder.
Código: |
L004-9786558201854 |
Código de barras: |
9786558201854 |
Peso (kg): |
0,200 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
0,20 |
Autor |
José Eduardo Pimentel Filho |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
277 |
Ano de edição |
2020 |
Número de edição |
1 |