“E o que eu faço com isso?”
Essa pergunta reverbera pelos corredores de supermercado, nas frestas de relacionamentos desfeitos, nos protocolos absurdos do cotidiano e na busca por sentido em meio à paisagem urbana.
Em seus poemas, Gustavo Simas confronta o leitor – e a si mesmo – com a perplexidade diante do vivido, do perdido, do observado.
Com lirismo confessional e ironia afiada, o autor navega por temas como o amor e seus desencontros, a memória afetiva impregnada em objetos comuns, as armadilhas da autopercepção e as ansiedades da vida contemporânea. Simas constrói um universo poético singular, onde o banal revela profundezas inesperadas e a linguagem se dobra e desdobra em busca de expressão.
Esta obra não oferece respostas, mas interrogações sensíveis e inteligentes. Uma provocação para olhar de perto os detalhes, as falhas, as belezas tortas do dia a dia e, talvez, encontrar na própria pergunta um ponto de partida.