O livro apresenta uma espécie de radiografia do ensino jurídico no Brasil a partir da perspectiva de uma estudante negra em uma das mais prestigiosas instituições de ensino jurídico do país. Indo além, a jurista negra, agora formada (ou seria melhor dizer deformada?) nas mais tradicionais “letras da lei”, apresenta uma crítica ao Sistema de Justiça que se articula para preservar no centro do poder os mesmos corpos para os quais a academia foi forjada em moldes hegemônicos e sacralizados, numa dinâmica de prolongamento de uma formação jurídica interessada em produzir defensores do status quo, custe o que custar.

Com este trabalho a autora oferece uma importante contribuição para os estudos sobre educação jurídica antirracista, storytelling, escrevivência jurídica, bem como sobre produção e reprodução do discurso e da cultura no Direito. Dialogando com a Orixalidade e outros saberes afrodiaspóricos, com o pensamento decolonial e com a escola afrofuturista, são abordados temas disruptivos como Direito e Vergonha, Direito e Depressão, Direito e Pertencimento, dentre outros extremamente necessários para se pensar o Direito a partir de um eixo racializado.

Maria Angélica dos Santos, escreve de modo acessível para não iniciados em estudos jurídicos, alcançando leitores e estudiosos de áreas variadas, inclusive para além da esfera jurídica. Oferece reflexões e revela caminhos estratégicos para a implementação de medidas efetivamente emancipatórias de grupos lidos como minoritários, interessando a estudantes, professores, lideranças políticas, agentes integrantes da estrutura do Poder Judiciário e órgãos auxiliares da justiça. Um verdadeiro manual prático de escrevivência jurídica. Um livro fundamental para o Direito Antidiscriminatório Brasileiro.

Autora: Maria Angélica dos Santos

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Autor Maria Angélica dos Santos
Editora EDITORA LETRAMENTO
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 346
Ano de edição 2024
Número de edição 1

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E eu não sou uma jurista?