Neste Dito pelo não dito, João Paulo Naves Fernandes foi feliz ao afirmar, na “Nota do Autor” que: “é uma constante/ desta época/ de ausência de palavras retas e claras”. E como afirmou Brecht, “vivemos em tempos tenebrosos”, particularmente tenho que concordar com a primeira afirmativa. João Paulo, depois de Chão do mundo (1981), Banidos e profanos (1982) e algumas coletâneas, intensifica a atividade crítica, usando a palavra poética de forma contundente. Assumindo posição extremamente conflituosa, as imagens criadas definem-se abertas, deixando a transparência e a roupagem definidamente conclusivas. “Consta apenas, nos relatórios policiais que um louco morreu dando cabeçada na cela, depois de ser preso por vagabundagem.” O coloquialismo é paradoxalmente consciente: “Sabe amor/ ainda não há paz sobre o mundo”, porém sem ausentar-se da função crítica tematicamente social: “Acordaste, o ronco do teu estômago/ ecoou boca afora”.
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Autor |
João Paulo Naves Fernandes |
Editora |
SCORTECCI EDITORA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
52 |
Ano de edição |
2024 |
Número de edição |
2 |