O Dicionário da antiguidade africana, de Nei Lopes, preenche de forma acessível, clara e concisa uma lacuna da historiografia nacional. Em verbetes, o poeta, contista e ensaísta Nei Lopes apresenta conceitos segundo uma perspectiva africana. Ele ressalta a anterioridade das civilizações egípcia e cuxita sobre a greco-latina e revisa axiomas que definem termos como civilização, escrita e outros tópicos decisivos. Unindo talento artístico, erudição e articulação política, o autor revela um passado muito pouco ou quase nada visitado. Uma nova África se desenha, com traços fortes e vários matizes: antropologia, geografia, cultura e, até mesmo, filosofia. Uma carta de alforria para a escravidão cultural que entrava a compreensão de nossa realidade. Poucas obras analisam de maneira independente e isenta as sociedades africanas florescidas e desenvolvidas a partir do século VII. “Num momento em que as publicações acadêmicas ainda abordam a África preferencialmente por meio de suas relações com a Europa, no contexto da escravidão. Tomamos para nós, de acordo com nossas possibilidades, a tarefa de difundir parte deste conhecimento, apresentando-o segundo uma perspectiva africana”, explica Nei Lopes. É inegável a contribuição dos negros na formação da sociedade brasileira e sua influência na cultura e política. A importância é tanta que desde 2003 o ensino de história e cultura afro-brasileira é obrigatório nas escolas de todo o país. Mas o estudo da história africana esbarra em um muro aparentemente intransponível, formado por tronco e chibata.
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Autor |
Nei Lopes |
Editora |
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
350 |
Ano de edição |
2011 |
Número de edição |
1 |