Em 6 de fevereiro de 1924, ao desembarcar do vapor Le Formose no porto de Santos, Blaise Cendrars começava uma aventura que transformaria a fundo o curso de sua vida. Fazia já algum tempo que o poeta franco-suíço, autor de textos célebres como A prosa do Transiberiano, de 1913, buscava tomar alguma distância dos círculos da vanguarda parisiense. O convite de Oswald de Andrade e Paulo Prado vinha bem a calhar: depois de suas trágicas experiências durante a Primeira Guerra Mundial e da frustração de seus planos cinematográficos, Cendrars não podia senão acolher de bom grado a oportunidade de passar seis meses ao sol dos trópicos. O que acontece nos seis meses seguintes merece ser chamado de prodigioso. Praticando de caso pensado certa inocência e certa ignorância programáticas diante do país que mais tarde chamaria de sua “segunda pátria espi¬ritual”, Cendrars observa, pergunta, anota — e verte o que vê e aprende em breves anotações poéticas, escritas num estilo que flerta com a concisão moderna do telegrama e com a prosa dos relatos de viagem ao Novo Mundo. Nascia assim este Diário de bordo, que o autor começaria a publicar ainda em 1924, de volta a Paris. Pujante e solar, de um lirismo despojado e curioso diante do mundo ao redor, Diário de bordo não tinha como não marcar a geração de poetas modernistas brasileiros que Cendrars conheceu e à qual dedicou sua última grande empresa poética.
Esta nova tradução, publicada no centenário da Semana de Arte Moderna, recolhe a totalidade dos poemas vinculados a Diário de bordo e inclui diversos textos dispersos e inéditos.
| Código: |
L002-9786555251005 |
| Código de barras: |
9786555251005 |
| Peso (kg): |
0,313 |
| Altura (cm): |
22,50 |
| Largura (cm): |
15,00 |
| Espessura (cm): |
1,00 |
| Autor |
Blaise Cendrars |
| Editora |
EDITORA 34 |
| Idioma |
PORTUGUÊS |
| Encadernação |
Brochura |
| Páginas |
208 |
| Ano de edição |
2022 |
| Número de edição |
1 |