Quem mora no campo sabe de onde vêm os ventos mais fortes e como se desenham no horizonte as tempestades ameaçadoras.
Acontece fenômeno semelhante na experiência de pesquisadores da sociedade. Quem ao longo do tempo acompanhava de perto a história do Brasil, com informação e sensibilidade, identificando-se com a luta pelos direitos humanos, percebia na permanência do punitivismo feroz, indiferente ao que se convencionou chamar transição democrática, sintoma, indício e prenúncio assustadores: sintoma de continuidade do autoritarismo - ligando o contemporâneo às raízes escravocratas - ; indício de inconsistência da adesão social a valores democráticos; prenúncio de tempestades devastadoras, o revival do fascismo.
Depois da guerra híbrida, do Lawfare e do golpismo, que lançaram o país à beira do abismo -do qual escapamos por um triz, e provisoriamente-, após décadas de encarceramento em massa, guerra às drogas (de fato, aos pobres) e brutalidade policial, aprofundando o racismo estrutural e as iniquidades, quem, a sério, ousaria negar que é urgente a desconstituição crítica do punitivismo?
Pois neste livro notável, Marco Mondaini nos oferece diálogos preciosos com importantes pensadoras e pensadores, que têm se dedicado a essa problemática, cuja centralidade é indiscutível.
Luiz Eduardo Soares
Antropólogo e ex-Secretário Nacional de Segurança Pública
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Autor |
Marco Mondaini |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
166 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |