Desde os primórdios de sua prática clínica ainda na escola médica, a autora vem questionando a cisão entre corpo e psique praticada pela medicina tradicional. Tendo como desafio a questão da excessiva ênfase à doença e à morte em detrimento da vida e da saúde, Susana tomou o estudo do universo psíquico como caminho de um pensar corpo e psique em relação. Trabalhando na fronteira entre medicina e psicologia encontrou no modelo analítico de C. G. Jung eco e continência para suas buscas. O conceito da unicidade estrutural corpo-psique é o norte para a formalização do Diagnóstico Compreensivo Simbólico, uma abordagem integradora do que até então se apresentava teoricamente separado: técnica e relação, conhecimento e compreensão. Este instrumento clínico é apresentado com a simplicidade de quem pensa do lugar da experiência clínica e com a clareza de quem alcança a percepção dos significados inclusos na vivência da doença orgânica. Sua metodologia prenuncia explicitamente um momento de alteridade para as ciências do ser humano.