Armando Freitas Filho estreou em livro em 1963. Com Dever, comemora 50 anos de carreira e deixa claro por que é um dos maiores poetas em atividade no país.
Na primeira parte, “Suíte”, o autor se detém em “casas, roupas, móveis etc.”, objetos do cotidiano que a princípio não teriam eco poético, caso não fossem, como afirma o autor, “dispostos de tal forma que sirvam para fins estéticos”.
A segunda, “Anexo”, já está na rua, é “jornalística”, mas sem abrir mão do transfigurador trabalho literário, dando conta dos eventos de antes e de agora, que atravessaram o poeta.
A terceira, “Numeral”, que desde 2003 é a coda dos livros de Armando, continua a passar em revista sua poética, sempre sujeita a retificações futuras.
É digna de nota sua capacidade de mesclar poemas íntimos, sobre a vida amorosa e familiar, a poemas que conversam com o noticiário contemporâneo, como o massacre da Candelária e o goleiro Bruno, e ainda dialogar com a novíssima poesia brasileira, como no poema feito a partir do último livro de Angélica Freitas, Um útero é do tamanho de um punho.
Num dos poemas do livro, o autor traça uma genealogia breve da literatura brasileira, propondo um elo entre Machado de Assis, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Antonio Candido e João Cabral de Melo Neto.
Armando Freitas Filho é sem dúvida um herdeiro dessa linha mestra da literatura brasileira.
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| Autor |
Armando Freitas Filho |
| Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
| Idioma |
PORTUGUÊS |
| Encadernação |
Brochura |
| Páginas |
168 |
| Ano de edição |
2013 |
| Número de edição |
1 |