Não obstante os avanços democráticos que, desde as últimas décadas, são observados na América Latina, ainda perduram realidades democraticamente contraproducentes, principalmente quando se analisa o âmbito local. Cuba não é um país isento dessas adversas conjunturas, apesar do pouco reconhecimento que, nesse sentido, tem acatado o oficialismo cubano. Com o objetivo de ampliar os andaimes gnosiológicos e críticos sobre os modos de configuração da política subnacional cubana, no presente livro são analisadas as contribuições que, para a democratização da política e do Estado, faz uma das estruturas de maior significado democrático segundo os governantes cubanos. Trata-se da Assembleia Municipal do Poder Popular e seus conexos procedimentos participativos, especificamente na cidade de Cárdenas. Em uma peculiar forma de escrita marcada pelas raízes linguísticas do autor (espanhol), a obra destaca o caráter complexo e contraditório da experiência analisada, assim como seus multidimensionais impactos e sustentos, revelando vários caminhos ainda por transitar em Cuba desde o ponto de vista democrático.