O esquecimento é tão fundador quanto a memória, à qual não se opõe. E os usos do esquecimento não são jamais neutros. Os textos aqui reunidos, do colóquio ocorrido em Royaumont em 1987, são a ilustração disso. Desde a própria definição da palavra esquecimento aparece a riqueza e a diversidade do que ela recobre. Do que ou de quem pode o esquecimento ser álibi? Como ele é indispensável, por exemplo, na constituição e na continuidade de uma comunidade espiritual? Por que vivemos ainda hoje sob uma herança política que desempenha papel central no esquecimento coletivo e institucional por meio da anistia? É paradoxal considerar o esquecimento como inseparável da transmissão cultural tanto na filosofia como na arte? Qual uso os historiadores, particularmente na época contemporânea, fazem do esquecimento, eles que consideram estar mais relacionados com a memória? Tantas perguntas que, longe de excluir a polêmica, a reavivam de um texto e de um pensamento a outro, enriquecendo a reflexão sobre os usos do esquecimento.
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Autor |
Gianni |
Editora |
EDITORA DA UNICAMP |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
120 |
Ano de edição |
2017 |
Número de edição |
1 |