Cristo não fundou o cristianismo, que é uma desordenada coletânea de preceitos abstratos, muito anteriores ao seu fundador nominal, os historiadores céticos, sempre sensíveis à aceitação de novas ideias. Consideram Jesus um arquétipo moral formado por sucessivas fontes que se perdem na própria origem das civilizações, na turbulenta história de Israel e de seus ambiciosos estados fronteiriços. Ideias paranoides, de reivindicação e revolta, então proliferavam por todo o Império Romano, disseminadas em grandes efervescências sociais. A psicose, o transtorno psicótico, a vesânia, proliferando como nunca, então e ainda hoje, tingia de rubro os horizontes da história. À luz dessas rápidas considerações, históricas e clínicas, observando que o autor deste opúsculo é médico, especialista em doenças mentais, e um ardoroso leitor de Nietzsche, por cujos escritos nutre a mais fervorosa e continuada afinidade intelectual, Jesus não fundou o cristianismo, a religião que lhe é atribuída. Seus idealizadores, para se perpetuarem no poder, tomaram de empréstimo, seu nome e seu cognome, nome esse, convém ressaltar, assaz comum na Judeia desses anos tensos e tumultuados. Nietzsche observa, em seu Anticristo: Poucos livros leio com tanta dificuldade como o Novo Testamento. A dificuldade surge a cada passo.
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| Autor | Ataulpho Costa Ribeiro |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 82 |
| Número de edição | 1 |

