No dia 21 de janeiro de 1986, o recém-nascido Pedro Braule Pinto foi seqüestrado do hospital Santa Lúcia, em Brasília. Maria Auxiliadora, mais conhecida por Lia, teve apenas 12 horas para aproveitar o status de mãe antes que o bebê fosse afastado da família biológica por quase dezessete anos. Em BERÇO VAZIO: O CASO PEDRINHO, o jornalista Geraldo Tasso acompanha o drama da família de Pedrinho e a busca desesperada por informações que levassem ao paradeiro do menino. Registrado como Osvaldo Borges Júnior, filho natural de Vilma Martins e Osvaldo Borges, Pedrinho só soube da verdade graças a uma denúncia anônima ao SOS criança, no dia 8 de novembro de 2002, e a um subseqüente exame de DNA. O envolvimento da mãe adotiva no caso - as suspeitas sobre Vilma acabaram se confirmando - transformou essa história em freqüentadora assídua das páginas de jornais. A mídia alvoroçou-se e acompanhou com interesse o reencontro de mãe e filho, as mensagens de apoio do menino à mãe adotiva e a suspeita de outros delitos cometidos por Vilma. Muito foi contado e recontado, em tom de espetáculo. Muitas inverdades foram divulgadas, na precipitação dos furos jornalísticos. Em BERÇO VAZIO: O CASO PEDRINHO todas são corrigidas. O livro começou a tomar forma em 1999, quando Geraldo Tasso, comovido pelos esforços e protestos da família biológica, propôs a Lia uma forma de reavivar o interesse da mídia - e descobrir alguma pista do paradeiro do bebê. Lia pôs à disposição um imenso material: recortes de jornais e revistas, cartas sem conta de todo o país, cópias de processos e inquéritos policiais com cerca de 3.000 páginas, e, principalmente, as cartas, inclusive curtos bilhetes, que a mãe escrevia para o filho ausente. Geraldo gravou entrevistas, reviu hipóteses e reexaminou o verdadeiro papel de suspeitos. Fez, ainda, uma investigação particular, com diversas viagens nas quais colheu importantes declarações. O resultado pode ser conferido em BERÇO VAZIO: O CASO PEDRINHO, relato exclusivo do drama dos pais verdadeiros em sua busca pelo filho perdido, com documentos inéditos. Geraldo Tasso, escritor paulista, foi muito tempo radicado em Brasília, onde exerceu a magistratura, aposentando-se como desembargador. Jornalista, é também escritor, tendo recebido diversos prêmios. Ponta de faca foi escolhido pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio o melhor livro de contos de 1972, com julgamento pela Academia Brasileira de Letras. Dois anos depois lançou uma sátira aos maus costumes forenses, sob o pseudônimo de Manual do chicanista. Verdadeiro best seller, é procurado até hoje e tese de incontáveis faculdades de Direito. Depois também foi premiado pelo romance Apito de trem, seguido de outros contos de natureza histórica, reunidos em A Estrada do Sal. Há dois anos, a Associação de Magistrados Brasileiros laureou-o com menção honrosa pelo seu A guilhotina seca, romance baseado na vida real de um juiz de Direito, comprovando sua vocação e acerto em mistos de verdade e imaginação. Colabora em numerosos jornais e revistas, com crônicas e ensaios. É sempre incluído em antologias e dicionários, como o da Associação Nacional de Escritores. "É preciso que o narrador saiba interessar o leitor e levá-lo a palpitar com os lances da história. Tasso faz isso muito bem. Com as qualidades de seu inegável talento." Paulo Rónai "(Tasso) faz lembrar, vez por outra, Guimarães Rosa. Todos os brasis têm lá seu parentesco." Dinah Silveira de Queiroz