Os meios de comunicação adquirem cada vez mais importância na sociedade contemporânea e este livro explicita o seu papel nos processos históricos no período do golpe civil-militar de 1964 até a transição democrática, expondo a tensão entre mídia e democracia. A maior parte dos meios apoiou o golpe contra Jango e a instalação da ditadura, somente mudando de posição quando a redemocratização estava em marcha e era inevitável. A interpretação desse momento no Rio Grande do Sul, a memória e os testemunhos, por meio da imprensa, do rádio, da televisão, da indústria editorial, da publicidade etc., é uma reconstrução do Grupo de Pesquisa em História da Comunicação da Fabico/UFRGS que se opõe à história política oficial.

No Rio Grande do Sul, como aconteceu em todo o país, a imensa maioria dos meios de comunicação não apoiou o governo constitucional de João Goulart, aprovou o golpe civil-militar de 1964 e omitiu-se em participar do movimento pela redemocratização, aderindo a este somente quando já era ineludível. Neste livro, integrantes do Grupo de Pesquisa em História da Comunicação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, esclarecem os processos comunicacionais desse final da ditadura militar e princípio da redemocratização no estado.