Ao longo dos períodos históricos a tecnologia sempre desempenhou um papel importante na formulação de demandas sociais. Os indivíduos continuamente depositam nelas suas expectativas e desejos para a construção de uma realidade diferente. O mesmo tem acontecido hoje com as tecnologias digitais, nas quais muitos grupos projetam suas utopias, ou “tecnoutopias”, como gostamos de chamar. O projeto social do software livre, criado nos anos 1980 por Richard Stallman, é um bom exemplo de uma tecnoutopia moderna, na medida em que propõe uma sociedade mais justa a partir do uso de uma ferramenta tecnológica que é o software.
Essa utopia do software livre possui pelo menos três características básicas: é informada por uma utopia maior e mais antiga, que é a do conhecimento livre. A pauta do conhecimento livre foi retomada e ganhou um novo fôlego e uma nova roupagem com o surgimento das tecnologias digitais; pode ser caracterizada como uma nova alternativa política dentro do contexto de crise política e ideológica em que vivemos. Tem sido adotada por vários grupos de esquerda em substituição à causas antigas ou “perdidas” do século passado; e seu discurso, baseado na defesa de valores historicamente mobilizadores, permite uma apropriação não só da esquerda desiludida, mas da direita que aposta no novo fôlego que o neoliberalismo ganhou com as tecnologias da informação.
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Autor |
Aracele Lima Torres |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
398 |
Ano de edição |
2018 |
Número de edição |
1 |