Neste livro, Eliane Cavalleiro procura compreender o processo de socialização tendo como foco as relações raciais na sociedade brasileira. Para tanto, investiga tal dinâmica a partir de gerações sucessivas de famílias negras, de baixa renda, moradoras da região central do município de São Paulo. Busca perceber e registrar, por meio da reconstrução da trajetória de vida das mulheres dessas famílias – avós e mães, ou seja, duas gerações anteriores –, como essas têm pensado, ao longo dos tempos, a socialização da criança no tocante ao pertencimento racial, na perspectiva da luta para sobreviver e/ou enfrentar os problemas decorrentes do racismo, do preconceito e da discriminação raciais. No que diz respeito à criança (terceira geração), investe na compreensão de como esta pensa, sente e expressa seu pertencimento racial nas relações sociais estabelecidas com brancos e negros, adultos e crianças. Os dados colhidos e analisados permitem concluir que as mulheres negras, ao dialogarem com a sociedade que se diz não racista e não discriminatória, vivem o medo e também o não saber realizar, no lar, uma educação sobre o racismo presente na sociedade. Desse modo, submetem seus filhos(as) e netos(as) a um processo de socialização similar ao que sofreram: não falam sobre a experiência de resistência e de enfrentamento ao racismo e seus derivados que vivem e percebem no seu dia a dia, ficando, portanto, a superação do racismo a cargo do esforço pessoal e da resistência individual.
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L004-9788523012748 |
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Autor |
Eliane |
Editora |
EDITORA UNB |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
336 |
Ano de edição |
2011 |
Número de edição |
1 |