“(Socio)ecologismo dos povos do Sul: clamores por justiça” procura desvelar vozes caladas pelo pensamento único, apontando um rol significativo de situações em que atores sociais entram em cena na luta pela preservação do pouco que ainda resta da “natureza”. Neste sentido, traz a baila uma reflexão crucial na contemporaneidade: “sustentabilidade” Para quem e por quem? Essa palavra que é tão proferida e tão pouco exercida nos dias atuais não se efetiva sem justiça social. E essa convicção é destacada aos leitores com lucidez do início ao fim do livro. Conforme trazido pelos organizadores da obra, a “sustentabilidade” acaba por se constituir em mais uma promessa não cumprida, dos insiders para os outsiders que pagam a conta com sua qualidade de vida, sua saúde, seu bem-estar. Assim, este livro contribui com as discussões sobre o significado, os critérios e a medida da “sustentabilidade”, mas com especial atenção aos direitos humanos.