Os marcos oficiais selecionados como emblemáticos da história paulistana reforçam eventos, personalidades e momentos que identificam a cidade ora com suas origens europeias, ora com o suposto heroísmo dos bandeirantes. Esses simbolismos se materializam no espaço urbano — em ruas, praças, monumentos e edificações — e, como contrapartida, promovem o apagamento das experiências e contribuições negras. O silenciamento das vozes negras é compreendido, em Sampa Preta, como expressão do racismo socioespacial. Diante desse apagamento, as produções culturais, artísticas, intelectuais e políticas da população negra são resgatadas como estratégias de afirmação identitária e como instrumentos de enfrentamento ao racismo. Registros de instituições negras, memórias, textos, músicas, associações recreativas, lideranças e ativistas são reunidos com o propósito de retirá-los da penumbra imposta pelo imaginário urbano hegemônico. A etnografia é mobilizada como ferramenta fundamental para a inscrição desses patrimônios culturais afrodescendentes, destruídos ou apagados pelas políticas higienistas e pelo urbanismo inspirado no modelo haussmanniano. Por meio de uma metodologia afrocentrada, ancorada na etno-história, buscamos recuperar as vozes dos nossos antepassados negros na cidade, reinscrevendo suas presenças e experiências na história de São Paulo.
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| Autor | José Carlos Gomes da SILVA |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 150 |
| Ano de edição | 2025 |
| Número de edição | 1 |

