Em Raízes do conservadorismo brasileiro, Juremir Machado da Silva aponta caminhos capazes de elucidar por que o Brasil é um país em débito com a própria história.
Partindo da análise de discursos políticos e jornalísticos do início do século XIX, o autor identifica fundamentos conservadores que permearam o contexto da assinatura da Lei Áurea e sobre os quais foi erigida, um ano e meio depois, a República brasileira.
Ciente de que a liberdade não foi uma concessão, mas uma árdua conquista das pessoas negras, o autor demonstra como a estrutura do capitalismo comercial escravista se traduziu – e ressoa ainda hoje – numa intrincada legislação, elaborada para atender a determinados interesses, e num imaginário cultural e ideológico, edificado para justificar a manutenção de privilégios – mesmo que isso implicasse, na época, a desumanização e a coisificação de pessoas.
Em texto ágil, o autor desvela as origens do conservadorismo e a história da busca pela igualdade social no Brasil. A fina ironia que acompanha o texto, se não torna o tema mais leve, funciona como um mecanismo que ajuda o leitor a suportar o espanto de ver a gênese da hipocrisia que ainda hoje sustenta relações de dominação entre classes e raças.
Um livro essencial não apenas para pessoas interessadas em história, sociologia e análise do discurso, mas também para aquelas que desejam viver em um país melhor, em que a escravidão tenha de fato se extinguido para todos.
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Autor |
Juremir Machado da Silva |
Editora |
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
448 |
Ano de edição |
2017 |
Número de edição |
3 |