Passado presente trata da análise da Revolução Francesa feita por Antonio Gramsci, considerando desde seus primeiros escritos (1910) até os Quaderni del carcere, redigidos entre os anos de 1927-1935 durante a prisão sob o regime fascista de B. Mussolini. Entender a leitura da Revolução Francesa em Gramsci perpassa situar as divergências e os debates do campo historiográfico e, também, a mobilização que se fazia do passado na esfera mais propriamente política. É preciso considerar a persistência no vocabulário do começo do século XX de termos que remetem à revolução do século XVIII, como “terror”, “ano II”, “jacobinismo”, entre outros, e as comparações que foram estabelecidas entre passado e presente, sobretudo, a partir de 1917. Nos primeiros escritos, Gramsci tratou da França revolucionária como paradigma e origem da modernidade política, mas recusava integralmente a fase jacobina da Convenção (1793-1794). Entre 1917-1918, ao tratar do tema, voltou sua atenção à historiografia francesa, em especial Albert Mathiez, e iniciou uma “reabilitação” dos jacobinos históricos e, a partir de 1921, tratou-os de forma positiva até sua reelaboração como categoria teórica-analítica nos Quaderni. A Revolução Francesa, assim, será tratada nos últimos escritos como um longo processo de construção da hegemonia na França e o partido jacobino como essencial para a conformação do Estado nacional e do “povo” francês, por ter amalgamado campo e cidade. A categoria de jacobinismo está vinculada à reflexão sobre a estratégia política das classes subalternas e foi incorporada ao léxico gramsciano após o processo intelectual de maturação estimulado pela Revolução Russa e desenvolvido no período carcerário, quando passou a compor o núcleo central de sua teoria política.
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| Autor | Sabrina Areco |
| Editora | APPRIS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 219 |
| Ano de edição | 2018 |
| Número de edição | 1 |

