Elas conheceram o orgasmo no encarceramento. Gozaram como nunca antes. Cristal diz que não quer saber mais de homem depois que gozou com uma mulher na prisão, mas destaca que não é só isso, tem a atenção, a conversa, o beijo, a escuta. Ela e Diamante afirmam que é difícil gozar com homem, e como Jaspe mais direta afirma “Ah, a mulher te entende sabe, ela faz sexo oral em você, ela vai chorar, não vai te julgar [...]”. Essas possibilidades se abrem tanto que Peróla se sente confusa – “mas eu sinceramente não sei o quero para minha vida, se quero homem ou mulher, agora estou confusa.” A orientação sexual é um campo aberto, não é uma essência e sim uma possibilidade. A experiência ampliou o leque de opções e abriu um campo bem democrático de possibilidades para elas. Estar com uma mulher ou com um homem não é mais é uma fatalidade biológica, mas uma possibilidade cultural. Algumas afirmam que ao sair da prisão querem ter relacionamentos com homens novamente. Nesse sentido, adotam para si a fluidez de amar as pessoas e não seus gêneros. É a confirmação de que a heterossexualidade é dada de forma compulsória. Esse é um livro que nos ajuda a compreender que as sexualidades nunca foram o que disseram que era.
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L004-9786586481297 |
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Autor |
Silvia Piedade Moraes |
Editora |
EDITORA DEVIRES |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
148 |
Número de edição |
1 |