Abrindo com uma provocativa especulação – “como seria uma antropologia do secular?” –, este livro explora os conceitos, as práticas e as formações políticas do secularismo, com ênfase nas principais mudanças históricas que deram forma às sensibilidades e às atitudes seculares no Ocidente e no Oriente Médio modernos.
Talal Asad segue desmantelando as premissas comumente aceitas sobre o secular e o terreno que ele supostamente abarca. Afirma que, embora os antropólogos tenham privilegiado o estudo da “estranheza do mundo não europeu” e daquilo que se costuma entender como as dimensões não racionais da vida social – o mito, o tabu e a religião –, o moderno e o secular ainda carecem de um exame adequado.
A conclusão é que o secular não pode ser visto como um sucessor da religião, nem como se estivesse “do lado” do racional. É uma categoria com uma história multifacetada, relacionada às principais premissas da modernidade, da democracia e do conceito de direitos humanos.
Um longo capítulo final, intitulado “Reconfigurações da Lei e da Ética no Egito Colonial”, busca compreender o processo de secularização no Oriente Médio na passagem do século xix para o século xx.
O ressurgimento do conservadorismo cristão e do nacionalismo hindu, a perseguição aos uigures na China e a intensificação dos movimentos migratórios neste início de século xxi – e as ramificações políticas desses acontecimentos – reforçam como temas urgentes o pluralismo e o papel da religião na atualidade. O livro de Asad explora um dos problemas centrais de nossa era: o da convivência num mundo em que as diferenças religiosas parecem intensificar-se.
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Autor |
Talal Asad |
Editora |
EDITORA UNIFESP |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
0 |
Ano de edição |
2021 |
Número de edição |
1 |