A colonialidade é um fenômeno global ligado à expansão do sistema-mundo capitalista. Ela não é uniforme, mas está enraizada nas especificidades de cada sociedade. Como conceito fundamental nas abordagens póscoloniais e decoloniais, sua definição dá origem a uma série de noções relacionadas, como pós-colonial e póscolonial, decolonial e decolonialidade, subalternidade, pluriversalidade e “Sul Global”.
O pensamento decolonial passou por uma virada epistêmica que lhe conferiu uma forte inclinação idealista: a emancipação dos subalternizados seria alcançada por meio de um “desligamento” mental do “Ocidente” e da “Modernidade”. Os movimentos sociais concretos nunca dissociam a dimensão ontológica da experiência socioeconômica. Esse idealismo decolonial, ao reificar o “Ocidente”, supervaloriza a experiência hispano-americana e negligencia a centralidade do Velho Mundo tanto na constituição dos sistemas--mundo quanto na acumulação primitiva de capital.
Michel Cahen propõe-se nesse livro imprescindível para a compreensão do debate histórico e sociológico contemporâneo a construção de uma perspectiva decolonial materialista, que com preende a colonialidade não como uma mera “épistémè”, mas como uma formação social inscrita nas dinâmicas do sistema-mundo capitalista.
Ruy Braga
Universidade de São Paulo
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Autor |
Michel Cahen |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
280 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |