Este livro descreve o extermínio da população indígena e sua substituição pela escravização de africanos na América Latina através da violência estrutural, explícita, institucional, cultural e simbólica, em um processo contínuo de extinção pela desumanização, mutilação e assimilação de suas culturas, organizações comunitárias, redes de solidariedade e identidades. Os colonos europeus ocupam permanentemente as terras através do extermínio dos povos originários e de biopolíticas racializantes como a migração; legitimam seus privilégios e o controle do Estado, estabelecendo pactos em que colonizadores e colonizados internalizam o ideal de embranquecimento e pureza racial eugenista. No caso das elites arcaicas brasileiras, o ideal eugenista se impõe através do biopoder - do controle do Estado, das instituições e da política, que usam para se beneficiar financeiramente, formar redes de parentes e colaboradores que os posicionam no topo dos mercados financeiros e empresariais transnacionais. Somente na segunda metade do século XX se ampliou o voto para a maioria da população, o que permitiu a chegada de novas elites não oligárquicas ao poder durante curtos períodos de democracia, interrompidos por golpes de estado que garantem às elites tradicionais manter uma tutela violenta e permanente sobre a maioria da população, inferiorizada, colonizada e impedida de exercer a cidadania e de realizar suas aspirações por dignidade, direitos e participação até os dias atuais.
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| Autor | Cristina Gomes |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 88 |
| Ano de edição | 2021 |
| Número de edição | 1 |

