Intelectuais negros e negras no Brasil e em outros lugares do mundo vêm desenvolvendo uma tradição de escrever em primeira pessoa, trazendo elementos de experiências autobiográficas para as suas construções teóricas, mas o mesmo não costuma acontecer quando se trata de autores/as brancos e brancas. Aqui tiramos a máscara – inclusive das pessoas brancas que por tanto tempo negaram a existência do racismo no Brasil em nome da crença de que “somos todos mestiços”.
Falamos do centro das subjetividades, das emoções e dos corpos – lugares onde o racismo é de fato vivido e ganha concretude. Se para negros e negras a máscara foi um silenciamento imposto pela branquitude, para brancos e brancas, tirar a máscara significava ter que encarar o peso da culpa e da vergonha que habitam nas sombras do seu próprio corpo no espaço de uma sociedade estruturalmente racista.
Abrindo corajosamente as gavetas das memórias de “dores esquecidas”, os textos de autores e autoras aqui reunidos exploram e revelam em seu conjunto:
1) processos de racialização tardia – tanto negros/as, quanto brancos/as, revelam só ter começado a pensar sobre si próprios racialmente de modo mais consciente há apenas poucos anos, e com mais de 30 ou 40 anos;
2) Olhares mais atentos às marcas corporais e aos seus significados sociais;
3) a complexidade das relações familiares e de classe multirraciais.
Organizadores: Geísa Mattos, Tamis Porfírio e Bruno de Castro
Código: |
L004-9786559323593 |
Código de barras: |
9786559323593 |
Peso (kg): |
0,262 |
Altura (cm): |
22,50 |
Largura (cm): |
15,50 |
Espessura (cm): |
9,11 |
Autor |
Geísa Mattos de Araújo Lima |
Editora |
EDITORA LETRAMENTO |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
164 |
Ano de edição |
2023 |
Número de edição |
1 |