Desde os anos 1980, uma série de mudanças tecnológicas, econômicas e ideológicas vem sendo observadas na esfera militar estadunidense. Essa “Revolução nos Assuntos Militares” foi conduzida pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o qual movimenta e articula diversos conceitos, práticas, tecnologias e agências para desenvolver o que se entendia como uma nova forma de organizar, comandar e executar as operações militares. Nesse período, os argumentos de guerra rápida, irregular, informacional, e em rede foram capitalizados pelos discursos presidenciais para anunciar uma nova sorte de operações militares discretas, cirúrgicas e eficientes. Como resultado direto desse empreendimento militar, os drones, ou Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), passaram a figurar como instrumentos aparentemente capazes de capitanear todos os valores essenciais para esse novo modelo de guerra rápida e cirúrgica. Apoiando-se nos referenciais teóricos dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia, bem como nos estudos de filosofia da tecnologia e política, Alcides Peron argumenta que, ao contrário do que se esperava com o emprego desse instrumento, há um incremento da violência e da barbarização dos conflitos. Assim, o autor explora desde as nuances políticas do processo de desenvolvimento e “fechamento” do VANT Predator MQ-1, até o modo como os conflitos passam a ser percebidos por sua tripulação remota, demonstrando que não apenas os limites legais e éticos da política de uso de força pelos EUA são tensionados, mas que essa tensão advém da nova organização dos sistemas de comando e controle em prol de conflitos rotineiros e permanentes.
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Autor |
Alcides Eduardo dos Reis Peron |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
399 |
Ano de edição |
2019 |
Número de edição |
1 |