O desejo de agradar e os comportamentos sedutores parecem intemporais, uma vez que as espécies se reproduzem sexualmente. No entanto, a hipermodernidade liberal marca uma rutura importante nessa história milenar, uma vez que impõe às nossas sociedades a generalização do ethos sedutor e a supremacia dos seus mecanismos.
As palavras de ordem não são restringir, ordenar, disciplinar, reprimir, mas sim "agradar e tocar".
A economia consumista oferece diariamente anúncios atrativos que são dominados pelo imperativo de captar o desejo, a atenção e os afetos; o modelo educativo é elaborado para assentar na compreensão, no prazer, na escuta relacional; na esfera política, longe vão os tempos da convicção no poder da propaganda uma vez que se impõe a sedução por formas de comunicar através da imagem, completando a dinâmica de secularização da autoridade do poder. A sedução tornou-se a figura suprema do poder nas sociedades democráticas liberais.
Código: |
L004-9789724421162 |
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Autor |
Gilles |
Editora |
EDIÇÕES 70 |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
476 |
Ano de edição |
2019 |
Número de edição |
1 |