O livro explora o contato entre os sistemas etílicos postos em cena nos séculos xvi e xvii. De um lado, o sistema indígena das cauinagens – a bebida-alimento fermentada à base da mandioca – cujas características e significados culturais são analisados à exaustão. De outro lado, o sistema etílico do colonizador português – o do vinho, também alimento! – cujas origens e significados na história ocidental o autor apresenta em minúcias. Em meio a descrições, inclusive técnicas, sobre o fabrico das bebidas e os cerimoniais acoplados ao consumo delas, João Fernandes enfrenta diversos tabus – de que o assunto, em si mesmo, está cheio. Por exemplo, destaca o papel crucial das mulheres no sistema do cauim, relativizando o lugar secundário que a etnologia dedicou à condição feminina no mundo tupinambá. Outro exemplo: as peculiaridades de cada subsistema etílico europeu – o dos vinhos, o das cervejas e o dos destilados, tudo assim mesmo, no plural, porque, conforme a sociedade ou o tempo, o significado das bebidas variava, sem contar que o tipo de cada uma das bebidas jogava papel decisivo no campo das relações sociais e representações ligadas à embriaguez.
Código: |
L004-9788579390685 |
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Autor |
João Azevedo Fernandes |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
240 |
Ano de edição |
2011 |
Número de edição |
1 |