“O trabalho segue o percurso da crise política brasileira, iniciando com os protestos de rua, em junho de 2013, para alcançar os espaços institucionais em que o alvo da luta social passa a ser definir oficialmente o impeachment como prática legítima. A crise se expressa nas vozes das ruas que postulam melhores serviços públicos e condições de vida e, em seguida, movem-se para a mensagem da corrupção estatal como eixo do atraso nacional. Seu deslocamento para o espaço oficial cria as condições para a imputação de um crime de responsabilidade que fundamenta o impeachment, cujo pressuposto cognitivo e moral é o de que o interesse público gira em torno da austeridade. Como explicar o movimento que leva a mensagens tão díspares, transformando a luta por um Estado mais justo na consagração do controle fiscal como valor absoluto? Pode-se dizer que é apenas a casa vazia do interesse público circulando, com todos os seus efeitos de linguagem, em razão da maneira como encadeia as séries das práticas e discursos sobre o domínio público. E então só nos resta entrar nesse jogo de produção de sentidos que não tem final, tampouco revela, em algum ponto, tudo o que estava escondido, fixando o significado último das coisas. É disso que trata a presente obra”.
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| Autor | Bruno Moretti |
| Editora | CHIADO EDITORA |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 150 |
| Ano de edição | 2017 |
| Número de edição | 1 |

