A vida contemporânea é carregada de solidão, competitividade, desesperança e de incomunicabilidade. Por trás dessas angústias, podemos vislumbrar uma visão de mundo excessivamente focada no indivíduo, dominante na mentalidade ocidental desde pelo menos a segunda metade do século XX. Há quem veja na filosofia de Leibniz, baseada no conceito de mônada, o paradigma filosofia do individualismo. O presente trabalho procura mostrar que o escritor argentino Jorge Luis Borges dedicou-se a denunciar os paradoxos embutidos na perspectiva monadológica e suas implicações existenciais. Borges, mesmo não citando diretamente Leibniz ou seus sucessores, parece nos alertar, em suas ficções, que, malgrado todos os esforços da filosofia monadológica em resguardar a liberdade humana diante de uma cosmologia matemática perfeita e infinita, e não obstante a armação da independência individual da mônada, a condição humana que decorre dessa ordem é humilhante e nulificadora para o homem. Para a nossa época, em que a propalada liberdade individual é desmentida por uma ordem global governada por automatismos financeiros, Borges pode soar profético e inspirador.
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| Autor | Gustavo Palma |
| Editora | PACO EDITORIAL |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 188 |
| Ano de edição | 2018 |
| Número de edição | 1 |

