Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil
A alemã Ina von Binzen (ou Ulla von Eck, seu pseudônimo) passou três anos entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Aos 22 anos, contratada para educar sete dos doze filhos de uma família no interior do Rio de Janeiro, trabalhou em um colégio de moças, na residência de uma tradicional família paulistana e em uma fazenda de café no interior da província.
Através de uma série de cartas escritas à sua amiga Grete, entre 1881 e 1883, em que alia a qualidade literária à agudeza da observação, Von Binzer fornece-nos depoimentos de raro interesse sobre a vida de nosso país na segunda metade do século XIX. São considerações sobre problemas, os mais variados, tais como a escravidão e a abolição; a forma de educação das crianças brasileiras ricas contrastada com a rigidez dos hábitos germânicos; as festividades que não podia compreender neste país tão diverso de sua pátria, como um Carnaval que encharcava qualquer transeunte de água e polvilho; sua desambientação inicial no Brasil, que levou-a a desabafos, embora reconhecesse a gentileza de nosso povo e a beleza de nosso país; a saudade que sentia de sua terra, com usos e costumes que eram seus e que não conseguia substituir por outros – que tantas vezes não eram por ela aceitos ou compreendidos.
Romance epistolar, retrato de um Brasil monarquista, matéria para discussão sobre as mulheres, Os meus romanos vem sendo descoberto por leitores diversos desde sua primeira edição brasileira, em 1956. Amadas ou não, estas cartas alemãs são, sem dúvida, fundamentais para compreender um Brasil de outros tempos – que diz muito sobre a pátria que nos tornamos
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L004-9788577533756 |
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Autor |
Ina von Binzer |
Editora |
PAZ & TERRA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
240 |
Ano de edição |
2017 |
Número de edição |
1 |