Memórias de um historiador de domingo, de Boris Fausto, é, “de certo modo”, uma continuação de Negócios e ócios, a primeira parte de sua biografia, lançada pela Companhia das Letras em 1997. A relativização se justifica, segundo Fausto, porque se, de um lado, o personagem principal e a maneira de contar são comuns aos dois livros, agora ficam em segundo plano os grandes temas presentes no primeiro: a história dos judeus sefaradis, a história da imigração de sua família para o Brasil e, é claro, de sua infância e adolescência em São Paulo. O foco passa a ser o olhar de um adulto em formação, a partir de sua entrada na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1949, da qual sairia formado em advocacia, profissão que exerceu em paralelo a uma intensa atividade política.
Longe da visada meramente sociológica que marcou a historiografia acadêmica durantes décadas, a narrativa destas memórias privilegia personagens de carne e osso, além do anedotário saboroso que cerca as situações presenciadas pelo autor ao longo de tantas décadas. Professores e alunos da velha faculdade de direito, gente comum e anônima dos ambientes de trabalho, da militância de esquerda, membros queridos de sua família, expoentes da intelectualidade acadêmica - são essas figuras que povoam estas páginas, pintadas pela mão firme de um grande romancista da vida real.
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Autor |
Boris Fausto |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
304 |
Ano de edição |
2010 |
Número de edição |
1 |