A história colocou Engels como carona em um de seus momentos mais emblemáticos: a produção do manifesto comunista. O historiador Tristram Hunt corrige a noção e mostra que esse papel foi muito mais ativo. Apesar do romantismo e heroísmo da prosa ter vindo de Marx, muito do trabalho intelectual guarda a marca de Engels. Mais que um mero patrocinador da causa de Marx, a correspondência entre ambos aponta para uma parceria dinâmica. Em COMUNISTA DE CASACA, Hunt tira Engels da sombra de Marx. E faz por ele o que Francis Wheen recentemente fez por Karl Marx: resgata, em prosa brilhante, um Engels real. Quase um poeta, longe do imaginário do bolchevique sanguinário. Engels tinha perto de 50 anos quando decidiu se dedicar em tempo integral à causa revolucionária. Mantinha as aparências como burguês, separando suas existências capitalista e comunista. Desprezava o capitalismo porque negava ao homem comum a coisa mais importante: o prazer. Nascido numa próspera família mercantilista, Friedrich Engels gostava de caçar raposas, era membro da Bolsa de Valores Real de Manchester e presidente do Schiller Institute desta cidade. Bebia muito e se dedicava às boas coisas de uma vida de luxo, como salada de lagosta, Château Margaux, cerveja Pilsener, mulheres, as roupas da última moda. Esse mesmo Engels financiou Karl Marx durante quarenta anos, cuidou de suas filhas, acalmou-o em seus ataques de raiva e foi cofundador do que viria a ser conhecido como marxismo. Hunt descreve essa duplicidade e analisa como um notório bon vivant da Inglaterra vitoriana conciliou a vida pessoal com sua filosofia política. COMUNISTA DE CASACA é uma história de amizade, compromisso social, lutas ideológicas e traições familiares, que nos mostra um impressionante retrato do cotidiano no século XIX.
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Autor |
Tristram Hunt |
Editora |
RECORD |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
462 |
Ano de edição |
2010 |
Número de edição |
1 |