No quinto volume de Cadernos do cárcere, Gramsci se dedica ao estudo histórico e social da Itália em meados do século XIX e principalmente de grupos sociais subalternos e marginalizados ao longo dos séculos.
Esta edição brasileira dos Cadernos do cárcere foi organizada por Carlos Nelson Coutinho — reconhecido internacionalmente como um dos maiores especialistas no pensamento de Gramsci —, com a colaboração de Luiz Sérgio Henriques, ensaísta, tradutor e editor da revista eletrônica Gramsci e o Brasil, e de Marco Aurélio Nogueira, professor livre-docente da Universidade Estadual Paulista.
Os 6 volumes dos Cadernos do cárcere se dividem, segundo indicações do próprio Gramsci, em “cadernos especiais” e “cadernos miscelâneos”. Nos primeiros, Gramsci agrupou notas sobre temas específicos; nos segundos, reuniu apontamentos sobre assuntos diversos. Além de reproduzir os “cadernos especiais” tais como nos foram legados pelo pensador italiano, esta edição inclui as notas contidas nos “cadernos miscelâneos”, relativas ao conteúdo básico de cada um dos “cadernos especiais”.
O volume 5 contém dois desses “cadernos especiais”: um dedicado ao Risorgimento, ou seja, aos processos que conduziram em meados do século XIX à unificação estatal da Itália; e outro dedicado à história dos grupos sociais subalternos, que trata essencialmente de temas referidos à história italiana. Segue-se uma parte intitulada “Dos cadernos miscelâneos”, que reúne as várias notas dedicadas não apenas aos temas abordados nos cadernos especiais, mas também à história italiana em geral, desde o período medieval até a contemporaneidade de Gramsci.
“Neste volume dos Cadernos do cárcere, Gramsci reflete sobre o Risorgimento, a formação do Estado nacional italiano, além de outros temas. Aí se encontram alguns argumentos fundamentais sobre a ‘revolução passiva’, o ‘intelectual orgânico’ e o ‘tradicional’, bem como sugestões importantes sobre o ‘desenvolvimento desigual e combinado’ e a ‘não contemporaneidade’. Note-se que essas reflexões contribuem decisivamente para a explicação da ‘questão nacional’ em outros países; e podem contribuir para o debate sobre o intelectual e a tecnocracia, o desenvolvimento desigual e combinado e a não contemporaneidade em escala mundial, como ele próprio sugere ocasionalmente.” — Octavio Ianni
“Em suas reflexões, Gramsci insiste em deixar claro que a teoria da revolução passiva não deve ser considerada como ‘programa’, mas sim como critério de interpretação historiográfica.” — Valentino Gerratana
Código: |
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Autor |
Antonio Gramsci |
Editora |
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
434 |
Ano de edição |
2023 |
Número de edição |
6 |