A cri´tica e a criac¸a~o na mu´sica popular brasileira contempora^nea vivem um impasse. Anos de relativismo culturalista ofuscaram experimentac¸o~es este´ticas mais vigorosas e inventivas. Por outro lado, tentativas de retomada dos gostos culturais da pequena burguesia como para^metro cri´tico te^m se mostrado tanto conservadoras numa dimensa~o social quanto redutoras e superficiais no a^mbito da este´tica. Ambos na~o conseguem conviver com uma arte que instaura negatividades inconcilia´veis e interrompe a cultura, inclusive a do “bom gosto” pequeno-burgue^s.E e´ justamente esta a arte que interessa ao Coletivo Chama. Eles ve^m criando fuso~es instigantes entre variac¸o~es da este´tica do rui´do, que esgarc¸am a forma-canc¸a~o, e variac¸o~es de uma este´tica da palavra, que mante´m a forma canc¸a~o como horizonte da criac¸a~o, criando uma mu´sica de inven- c¸a~o, de ponta, ancorada numa refinada poe´tica da canc¸a~o, que faz jus a` excele^ncia da tradic¸a~o do nosso cancioneiro e da´ um passo ale´m. E´ por conta disso que os seus artistas conseguem ser mais contempora^neos que a maior parte dos seus contempora^neos.
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Autor |
Eduardo Guerreiro B. Pedro Sá; Losso |
Editora |
EDITORA CIRCUITO |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
182 |
Número de edição |
1 |