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Já disseram que o teatro tem que ser, por excelência, um agente transformador do indivíduo, e por consequência da sociedade. Não sei se é pra tanto. O que sei é que a dramaturgia do João Fábio Cabral me transforma e me instiga, seja como pessoa, seja como artista, mas, sobretudo, como expectador. Suas voltas e reviravoltas vão criando alçapões, armadilhas, e, quando menos esperamos, estamos pegos. Na dramaturgia de João Fabio Cabral, o mais humano dos sentimentos é sempre a mola mestra que impulsiona as relações e inter-relações de seus personagens, nada mais que o AMOR, ou até mesmo a falta (e busca) dele. Com a abertura política e intelectual do pós-regime militar, o experimentalismo e a investigação também se fundiram no teatro, enriquecendo um cenário que sofreu com a censura. Com a ânsia do náufrago que, resgatado, sai a correr pela praia e a tocar em tudo e todos que seu isolamento na ilha havia deixado distantes, essa reabertura levou a uma comunicação entre as artes cênicas e outras áreas da cultura e do conhecimento. Essa inventividade, tanto em forma quanto em conteúdo, traria à luz novos dramaturgos que também queria participar do processo criativo que o teatro vivia naquele momento. João Fábio Cabral é um desses novos roteiristas que despontaram no novo espaço aberto com o fim da repressão. São de Cabral as 17 peças reunidas na coletânea Cinzeiro, obras responsáveis.

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Altura (cm): 24,00
Largura (cm): 16,00
Espessura (cm): 2,00
Autor João Fábio Cabral
Editora EDITORA NVERSOS
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 708
Ano de edição 2013
Número de edição 1

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