Uma febre estranha assolou a região da Nova Escócia e matou muitas pessoas, dentre elas a doce Bertha Shirley e, poucos dias depois, seu amado marido, Walter. O casal Shirley tinha realizado um grande sonho havia apenas três meses, o nascimento de Anne Shirley, uma menininha ruiva como o pai e adorada por eles. Sem parentes que adotasse a pobre menina foi levada pela empregada da casa, Mrs. Thomas, que a transformou em sua própria criada num lar desestruturado e cheio de filhos. Sem amigos, Anne agarrou-se à única coisa que lhe sobrara de seus pais, uma cristaleira que Mrs. Thomas herdara de Bertha Shirley, e usou sua imaginação para não enlouquecer. Assim nasceu Katie Maurice, sua própria imagem no espelho da cristaleira e sua única amiga. Quando uma tragédia assolou a família Thomas, Anne ficou novamente sem lar. Ela tinha pavor da palavra orfanato, mas seu pavor foi adiado quando Mrs. Hammonds buscou para que Anne cuidasse de sua casa e de seus oitos filhos com menos de cinco anos de idade. Mas o destino de Anne ainda não era com os Hammonds. Outra tragédia aconteceu, e empurrou Anne para o temido orfanato.