Esse livro traz o resultado de uma pesquisa que foi realizada na Regional Extremo Sul da Bahia, a qual teve como objetivo analisar as contradições originadas de uma parceria entre os movimentos sociais do campo, de cunho progressista (MST, FTL, MRC, APRUNVE, FETAG, MLT), o governo do Estado da Bahia, de caráter (Neo)desenvolvimentista, e as empresas do agronegócio de eucalipto, Fíbria S.A. e Veracel Celulose S.A. Nesse contexto buscamos compreender as contradições presentes na realidade que envolve a relação entre reforma agrária, agronegócio, movimentos sociais do campo e educação. Os resultados da pesquisa apontaram que nessa parceria, as empresas citadas têm contribuído no Extremo Sul da BA, com financiamentos para a implementação de projetos pautados na agroecologia, e ainda para a construção de agroindústrias e de espaços educativos em assentamentos. Todavia, a contrapartida “negociada” é que os movimentos sociais não deverão ocupar as áreas destas empresas de eucalipto, surgindo assim, um novo jeito de fazer reforma agrária, fundamentado no “consenso” entre as empresas do agronegócio e estes movimentos sociais do campo que atuam na região supracitada. O referido “consenso” é realizado com a mediação do governo da Bahia, representando o Estado (Neo)desenvolvimentista o qual tem a tarefa de regulamentar essa relação antagônica entre capital e trabalho estabelecendo uma parceria entre o campesinato e o agronegócio, subordinando os camponeses cada vez mais às demandas das grandes empresas e do capital financeiro. Estamos aqui designando de “Reforma Agrária do Consenso” o paradigma específico de reforma agrária originado dessa relação contraditória.
| Código: | L002-9788544409862 |
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| Autor | Arlete Ramos dos Santos |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 210 |
| Número de edição | 1 |

