Conhecemos Celso Borges através de seu livro persona non grata, que nos chegou às mãos nos anos 1990 numa fotocópia espiralada, a gente nem sabe como. E dizíamos os poemas de cor na mesa de um bar, o Café da Praia, esquina das ruas Tremembés e Groaíras, em Fortaleza. Demoliram o bar, mas a mesa está intacta, para sempre, suspensa no ar. Dizíamos NOW do livro, como quem imagina um futuro antes de ontem: “o presente em estado de emergência”. Depois, Celso virou um parceiro imenso de abraço, conversa e visita. Em 2022, convidamos para que fizesse um livro para a diabo na aula: uma coleção a quem respira ao contrário, dentro da terra. Não sabíamos ainda da luta contra um câncer. Em abril de 2023 perdemos o “Celsin”, “lobisomem-juvenil”, amor de tantas vidas. Antes, entre a casa e o hospital, nos escreveu exatamente este ainda, com cheiro de morte, mas com sua força vibrante de vida, alegria e esperança contra esse mundo ruim: o poeta raro, raríssimo, que ele é. E uma pergunta: “algo se move entre o vivo e o morto / que natureza é essa?”
Carlos Augusto Lima e Manoel Ricardo de Lima
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Autor |
Celso Borges |
Editora |
MÓRULA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
80 |
Ano de edição |
2024 |
Número de edição |
1 |