Colocando o corpo moderno em perspectiva, David Le Breton mostra que, no discurso científico contemporâneo, o corpo é tomado como simples suporte da pessoa, algo que pode e deve ser aprimorado, uma matéria-prima na qual se dilui a identidade pessoal. Para passar do corpo rascunho ao corpo acessório, para não naufragar num sistema cada vez mais ativo e exigente, as pessoas entregam-se a uma manipulação de si a base de próteses. A tecnociência vem socorrer esse corpo que deve ser reparado, rearranjado, assistência médica à procriação, exames terríveis que acompanham a existência pré-natal – enfim, instaura-se a suspeita do corpo, e a medicina, fazendo a triagem, torna-se um biopoder. Enquanto alguns biólogos sonham em livrar a mulher da gestação, a sexualidade cibernética realiza o imaginário do desaparecimento do corpo e até do outro.
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L004-9788530807245 |
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Autor |
David Le Breton |
Editora |
PAPIRUS EDITORA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
240 |
Ano de edição |
2003 |
Número de edição |
6 |