Imagine que algum acidente imprevisto ou uma doença grave ameaçasse de tirar-lhe a vida.Que atitude você tomaria, ou que sentimentos o tomariam, nos momentos finais de sua existência?''Os Ensaios'' de Michel de Montaigne (1533-1592) convidam o leitor a fazer essa experiência mental sobre a própria morte e a pensar detidamente sobre a pergunta colocada acima. Ao longo de seu livro, Montaigne tem o propósito explícito de eliminar ou dissipar sentimentos e atitudes negativos diante da morte tais como o desespero, a inconstância, a inação e, sobretudo, o medo. Mas se a morte é imprevisível, como então seria possível alcançar o objetivo da resolução no último dia de nossa existência? Montaigne propõe uma espécie de preparação contínua, que nos tornaria habituados com sua imagem e impediria que inutilmente lhe acrescentássemos os referidos sentimentos e atitudes negativos. Atualmente, não é raro ver as pessoas evitando pensar na morte e procurando desfazer-se de sua imagem a todo custo. No Renascimento, ao contrário, os poetas, filósofos, artistas e mesmo as pessoas comuns amiúde evocavam a presença da morte e a tornavam parte integrante de suas vidas.''A Simulação da Morte: Versão e Aversão em Montaigne'', de Lúcio Vaz, que a editora traz às mãos do leitor pela coleção Estudos, realiza uma análise crítica sobre essa proposta de simulação da morte presente em Montaigne, comparando-a com os diferentes posicionamentos sobre o tema na Antiguidade e com alguns autores contemporâneos.
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Autor |
Lucio Vaz |
Editora |
PERSPECTIVA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
152 |
Ano de edição |
2012 |
Número de edição |
1 |